A supervisão grupanalítica visa a salvaguarda do trabalho clinico e o desenvolvimento das competências do terapeuta. Incide no esclarecimento de fenómenos que se desenrolam a nível inconsciente e é na sua essência uma relação de ensino – aprendizagem que ocorre quando um terapeuta menos experiente (supervisando) apresenta material colhido na sua prática clínica a um terapeuta mais experiente (supervisor).
Baseia-se teoricamente na compreensão psicanalítica do funcionamento mental. Pode aplicar-se a um largo espectro de situações de ajuda interpessoal: treino de grupanalista, de psicoterapeutas, de apoio a técnicos de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos) que em instituições acompanham doentes quer do fora psiquiátrico quer da medicina em geral (doentes com sida, diabéticos, cardíacos, em hemodiálise, em quimioterapia, em situação terminal, etc).
A supervisão estimula o desenvolvimento da capacidade de perceber dificuldades íntimas, a autonomia e a expressão de uma maior criatividade. Pretende-se que o supervisado obtenha compreensão das experiências vividas pelo paciente, as possa conceptualizar e simultaneamente possa clarificar o seu próprio envolvimento emocional ou seja as suas ansiedades na relação estabelecida com o paciente e o supervisor. A supervisão em grupo decorre num setting que permite que as comunicações se processem em registo mais igualitário.
Na SPGPAG as supervisões destinam-se a membros da Sociedade que estão em formação grupanalítica e são realizadas em princípio pelos seus membros didatas. Há contudo possibilidade de formação de grupos de supervisão destinados a outros técnicos de saúde ainda que não pertencentes à Sociedade.